Um super resumo do que vivi na Polônia!







“Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.” Daniel 7:14



Senti como se eu estivesse em um pedaço do céu. E essa sensação se prolongou em vários momentos na Assembleia Mundial da IFES na Polônia. Juntos – mais de 150 nações – cantávamos em uma só voz “Holy, Holy, Lord God Almighty ...  all the saints adore Thee” (Santo, Santo, Senhor Deus Poderoso... todos os santos te adoram). Confesso a vocês que esses momentos de louvor foram muito significativos para mim e, sem dúvidas, acrescentou a minha fé.
A Assembleia Mundial da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (sigla IFES, em inglês) aconteceu no período de 26 de julho a 03 de agosto, em Cracóvia, na Polônia. Esse país é muito marcado pela Segunda Guerra Mundial; sua história parece muito viva enquanto andávamos pelas ruas de Cracóvia. 
Próximo à cidade ainda é conservado um grupo de campos de concentração e extermínio chamado Auschwitz-Birkenau, onde morreram de um milhão à um milhão de meio de pessoas. Lá encontramos a triste memória dos horrores da maldade dos homens. 
Minha amiga Jessica Grant descreveu muito bem algumas partes visitadas na Polônia: “... ao ver cada prédio destruído aprendi a ver que aquilo era um pedaço da história. Polônia não é um turismo "cool". Não é tipo: ‘Oba, olha lá a Tour Eiffel ou a Estátua da Liberdade, ah que divertido’. É mais algo como: ‘Veja só, um símbolo da lembrança da maldade humana’, a prova de até quais pontos ela pode chegar. Horrível, mas humanizador”.
 E nesse cenário polonês senti o contraste e o paradoxo da vivência e autenticidade da fé cristã. Ouvi histórias e conheci pessoas que me fizeram abrir ainda mais meus olhos ao que Deus está fazendo na história da humanidade, como ele age por meio do tempo, cultura e pessoas para restaurar consigo a humanidade caída. 




CONHECENDO CULTURAS
Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas diferentes. Mesmo com algumas dificuldades de comunicação, estávamos alegres em viver por alguns dias em uma grande comunidade rica em culturas, histórias e vivências diferentes. Pessoas com o pontinho vermelho no crachá nos avisavam que não devíamos divulgar suas imagens na internet: eram pessoas especiais que moravam em países sem liberdade religiosa. 
Pude perceber que os problemas e a vida dos países na América Latina são muito semelhantes. No final de cada reflexão bíblica pela manhã, nos reuníamos em grupos pequenos para compartilhar e refletir juntos o que estávamos aprendendo. No meu grupo havia pessoas da Argentina, Panamá, Inglaterra, México, Costa Rica e Uruguai.


PENSAMOS JUNTOS...
Na Assembleia tivemos uma delegação de doze brasileiros: oito estudantes, uma profissional e três obreiros. Eu e outros estudantes chegamos para um pré-encontro onde nos reunimos e discutimos temas desafiantes e que depois foram expostos em fóruns. 
Algumas das reflexões foram: Porque estudantes cristãos perdem sua fé no ambiente estudantil? Como compartilhar sua fé em um país que perseguem cristãos?. Discutimos sobre as principais correntes de pensamentos, ideias ou cosmovisão da universidade que diferem, vão contra, ou desafiam a cosmovisão cristã (relativismo moral, o evolucionismo, o pluralismo, etc.), bem como a compreensão do estudante cristão a respeito da homossexualidade.
 Outras questões foram: que aspectos da cultura inibem ou ajudam na propagação do Evangelho? Que influência temos nas políticas estudantis? Como a prática social nos faz parte da nossa evangelização? Esses entre muitos outros que desafiam nossa identidade cristã na universidade.

Uma questão muito interessante levantada como uma consulta na Assembleia foi sobre o estudo da Bíblia entre os jovens cristãos. O objetivo era ajudar a construir um engajamento relevante com as Escrituras, confiando no poder da Palavra de Deus dentro de culturas dos movimentos e desenvolver novas abordagens que ajudarão esta geração de estudantes a se interessar e serem atraídos pelas Escrituras, aprenderem a se aprofundar na Palavra de Deus, e se tornarem firmemente enraizados em Cristo.
Participei também de alguns fóruns como a “A arte no ministério estudantil”, que nos ajudou a repensar como esta nos ajuda na comunicação e na compreensão do evangelho; o outro fórum foi o “Criando discípulos para toda vida”, onde compartilharam ideias do trabalho da IFES com profissionais na Europa. Os profissionais ajudam os estudantes e recém-graduados, por meio de mentoria, a entenderem como sua profissão é relevante na construção do Reino de Deus, ajudando-os a entenderem sua vocação e mostrando formas práticas do engajamento cristão no ambiente profissional. 
Muito mais tenho para compartilhar com vocês; ainda estou digerindo toda a experiência. A sensação é que tenho muito a aprender e a caminhar, e este é só o começo dessa caminhada. São muitos os desafios, mas estou feliz por entender que Deus é o principal autor dessa história e eu sou uma serva que está inteiramente à disposição na construção do seu Reino.


AGRADECIMENTOS
Esta experiência não poderia acontecer se não fosse pela boa dádiva da graça de Deus, que me fez perceber seu agir nos mínimos detalhes da preparação dessa viagem, provendo de forma inesperada tudo que faltava.
Agradeço aos irmãos que estiveram em oração durante esse tempo. À minha igreja local e ao pastor Antonio Carlos, no bairro Boca da Mata; aos amigos do ministério da ABU, em especial na Região Norte.
E um agradecimento especial ao grande apoio dado pelo pastor Raul Cavalcante, presidente da Assembleia de Deus em Imperatriz/MA e ao Joceli da Fonseca.
Aos meus pais que me apoiaram e me ajudaram em tudo; a boa parte dos meus familiares, que me apoiaram financeiramente e me receberam em suas casas: aos primos Raphael Silva e tia Vera, Helines Sousa e esposo, Helaine Cristina e tia Neide Sousa, Marcos Alencar e tio Neemias Alencar e tia Olindina Sá.
Aos amigos da ABU que também entram nessa lista: Thaysa Farias, Jessica Grant, Jobson Lyrio e os queridos assessores Tim e Joyce Keliher. À Caroline Batista e Eduardo Oliveira, por me ajudarem com a ideia e revisão dos textos dos informativos. Obrigada a todos que me apoiaram direta e indiretamente, pois seriam muitos nomes escritos aqui.

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