Refinar a atenção

Uma vida espiritual não conduz necessariamente à tranquilidade, à paz, ou para um sentimento bonito sobre nós mesmos ou sobre como é bom estarmos junto com outros. O processo de lapidação pode ser doloroso: pode significar ficar sozinho em um lugar onde você nunca quis ter ido; pode levar você a uma vocação que você nunca procurou; pode pedir-lhe para fazer coisas desconfortáveis; ou pode pedir-lhe para que de forma obediente e rotineira faça coisas confortáveis, que não são muito drmáticas, quando na verdade você prefereria uma aventura. A verdade espiritual é que Deus está agindo em cada um de nós, e nas nossas comunidades e famílias. Muitas vezes, a companhia de amigos de confiança permite ver como Deus está trabalhando. Nem sempre conseguimos nós mesmo enxergar a atividade de Deus.

Uma vez que esta realidade é aceita, então somos livres para dizer: "sim, Deus está falando comigo, Deus está falando conosco." E então, se reconhecermos o chamado de Deus para nós, lentamente nossos olhos se abrem, e nós começamos a ver o que já aconteceu. Começamos a ver a grandeza de Deus que se revela em acontecimentos diários, e nossas vidas se transformam em um ato de obediência. A obediência significa, portanto, ir aos poucos permitindo que o Espírito de Deus nos leve a lugares, alguns dos quais prefeririamos evitar. Como Jesus disse a Pedro: "Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir" (joao 21.18). Sim, Deus é um Deus exigente, o amor de Deus é um amor persistente, e quando Deus exige muito de nós, ele o faz motivado por amor divino.

Henri Nouwen

A beleza

Despojada de vaidade, ela ia passando, suavemente, em passos lentos levando consigo um encanto simples que tirava o fôlego do luxo vivido naquele bairro. Olhar singelo, mãos calejadas, ela não tinha nada a não ser sua alegria, sua arma era sua pureza e sinceridade no olhar, nada mais.
O curioso era sua personalidade não curiosa, as pessoas daquele bairro a conheciam desde pequena, mas suas atitudes e seu comportamento mostravam-se singelos e a única razão da alegria daquele coração espontâneo estava além do que alguem imaginará.

Hospitalidade

Eu bem que gostaria que a hospitalidade me visitasse
Para aprender a receber, sem olhar minha própria condinção
Abraçar e envolver a quem precisa, como o Pai já me ensinou

Eu bem que gostaria que a hospitalidade me visitasse
Me visitasse e me mostrasse o que é receber de verdade
Como eu bem queria ser recebida,
a qualquer momento, bater na porta, sem avisar
e ver o sorriso no rosto a alegria de quem me recebe
Porque na verdade sempre é bom receber.

Eu quero praticar a hospitalidade
Posso estar desarrumada, sem muita comida em casa
mas quero ter a garantia
de que o que eu puder compartilhar,
 vai ser recebido com grande alegria,
porque essa é dos pontos em comum para a nossa comunhão

Eu quero praticar a hospitalidade
também no meu coração,
porque aí, talvez eu não tenha muito a oferecer,
mas sei que quando eu dividir o que eu tenho em mim,
isso será multiplicado

Confiança e Esperança - Informativo Ministerial


Informativo Ministerial - Julho/2012

Quatro meses em São Paulo. Confiar no Senhor é o que mais aprendi nesses últimos meses. Ao passar os dias me descubro mais missionária, foi na ABU que aprendi o que significava missão integral, no meu dia a dia esse conceito tem se tornado cada vez mais relevante.

Você provavelmente já deve ter passado por algumas mudanças radicais na sua vida, de estar longe da família e amigos queridos para viver uma nova vida, uma nova vocação, por trabalho ou estudo. Você deve me entender bem. Ser missionária em uma cidade tão pluralista, me ensina muito sobre o que é viver com integralidade.

Além do meu trabalho ministerial com a ABUB, desde que cheguei tive a oportunidade de dividir um teto e lidar com pessoas que são bem diferentes de mim, em suas histórias e personalidades, tenho pedido sabedoria de Deus para que eu seja instrumento dEle no lugar onde estou morando.

Algumas dificuldades pessoais me fazem refletir sobre como tudo que vivemos é tão passageiro, tudo é tão transitório. Tenho lembrado sempre que Cristo é meu Senhor, nas alegrias, nas dificuldades, nas indecisões, nos desafios, nos meus fracassos e minhas vitórias, percebo mais que somente nEle está seguro minha vida. Aleluia!

É entendendo isso que sigo caminhando no caminho da vocação na missão estudantil. Tem sido muito gratificante e desafiador trabalhar na área de mobilização de recursos, nossa equipe aqui do escritório tem planejado e avaliado nosso modo de trabalho, dado suporte a grupos e obreiros e cuidando dos nossos recursos financeiros. Tenho a alegria de ser acompanhada pela Giovanna Amaral, nossa assessora de comunicação. Pouco a pouco estou desenvolvendo melhor meu trabalho com ajuda dela.

Os desafios são enormes, mas acreditamos muito nesse trabalho como uma meio de desenvolvimento da organização. Temos o sonho de alcançar nossa sustentabilidade, ter mais obreiros e viabilizar a missão em mais cidades do Brasil.

ATIVIDADES

No mês de junho participei do meu primeiro Curso de Obreiros,  um encontro com todos os obreiros e que acontece duas vezes ao ano. Estudamos o livro de Tiago, avaliamos, planejamos, refletimos sobre nossa vida ministerial, trabalho de campo  e contamos com a presença do Ricardo Wesley, missionário no CBU (ABU do Uruguai).

Logo depois aconteceu o Congresso Nacional da ABUB, participaram cerca de 200 pessoas. Foi um tempo precioso com estudantes de vários lugares do Brasil, revi queridos amigos da Região Norte. E como fazia muito frio, eles estavam todos "virando picolé" no congresso...rs (veja a foto ao lado).

Em junho também tive a oportunidade de participar de um encontro de antigos ABUensses de São Paulo da década de 70 e 80. Foi revigorante ouvir os testemunhos, desde o processo de conversão, ainda quando estudantes, até o discipulado na ABU e vida pós universidade. Todos se sentiam muito gratos a Deus e diziam: "Como vale a pena seguir e amar nosso Senhor Jesus Cristo!". Muitos deles conheceram os primeiros missionários que trabalharam na ABUB.

Agradecimentos:
- Agradeço a Deus pelo cuidado dele com minha vida através de várias pessoas aqui em São Paulo. É incrível perceber em pequenos detalhes o cuidado dele;
- Agradeço a Ele pelo tempo precioso da visita da minha amiga Adda Cutrim no início de Junho e minha prima Helines Sousa no início de Julho;
- Pela minha moradia e minha amiga de quarto, Millenne. Ela tem sido uma companheira de oração;
- Pelas aulas de violoncelo na escola do estado, o EMESP.

Pedidos de Oração:
- Pelo meu sustento. Esse mês estarei buscando alguns doadores para meu ministério;
- Pela minha participação no Curso de Férias da Região Norte e visita a família e igreja em Imperatriz no final de Julho;
- Pela minha saúde;
- Por sabedoria para lidar com o tempo e as minhas muitas prioridades de trabalho.


Veja a versão desse informativo em outro formato. Clique aqui.

Alteridade

És o diverso de mim
És o começo sem fim
És calmaria e tufão
És claro dia e vulcão

És tão distinto e igual
És o completo, parcial
Raio cortante, trovão
Pleno silêncio e canção

Vibração, e ação
Tudo aquilo que não sou
Tudo aquilo que passou
Tudo aquilo que virá
E será

És a palavra final

O primeiro sinal
De que virá amanhã
De que haverá amanhã
És colorido, balãoÉs a dureza do chão
Toda a leveza de amar
Todo o medir e pesar

E soltar, e saltar
Ttudo aquilo que não sou
Tudo aquilo que passou
Tudo aquilo que virá
E será


Música de Gladir Cabral

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